Por Marcos Hirai
Sócio-diretor da GS&BGH – Expansão & Pontos Comerciais

Apesar de a tecnologia se fazer cada vez mais presente em nossas vidas, o consumo de papel no Brasil não sofreu redução, pelo contrário. Um dos paradoxos da era da informação é que quanto mais avançamos no desenvolvimento de sistemas digitais, mais papeis consumimos.  Muitas empresas tem tentado ser paperless, ou seja, reduzir o uso de papel em suas atividades. Mas a realidade é que enormes quantidades de papel ainda são gastas todos os dias nas rotinas das organizações.

Acompanhar a trajetória de dois gigantes distribuidores de material de escritório, informática e itens de higiene e limpeza demonstra que, de fato, existe um mercado ainda pujante para produtos de papelaria.

Fundada há 47 anos, a Kalunga é conhecida por suas grandes lojas com suprimentos para escritórios e materiais escolares. A companhia tem uma rede com mais de 200 lojas, distribuídas em 20 estados e é líder isolada em seu segmento. Seu objetivo é chegar a 250 lojas em todas as regiões do Brasil até 2020. Só este ano serão 28 unidades inauguradas.

Nos últimos anos, a Kalunga manteve crescimento estável de 10% ao ano. Para 2019, espera faturamento de 2,5 bilhões de reais, alta de 12%. A empresa afirma que não sentiu o impacto da crise, principalmente por conta dos tipos de itens que vende. E também se beneficiou com a conjuntura por conta da queda nos preços dos aluguéis dos imóveis, incluindo em shopping centers, onde está grande parte das novas lojas. Cerca de 63% de suas unidades estão dentro de shoppings.

O modelo original era de lojas grandes, de três mil metros quadrados. O crescimento ganhou tração a partir de 2003, quando Roberto Garcia, ao lado do irmão Paulo, comprou as participações dos demais quatro herdeiros de Damião, o fundador, e inaugurou os primeiros pontos em shopping centers.  Recentemente, os empresários lançaram uma gráfica rápida, para impressão de cartões de visita, adesivos, banners, crachás e convites, a Kalunga Copy & Print. Atualmente, cinco unidades em São Paulo e no Rio de Janeiro já contam com o serviço.

Outra rede que tem apresentando grande crescimento é o Gimba. Com forte atuação em vendas pelo e-commerce, televendas e contratos corporativos, a companhia atende pessoas físicas, pequenas e médias empresas, além de 300 das 500 maiores corporações do Brasil. Foi uma das pioneiras nas vendas em e-commerce, lançando seu portal de vendas online em 2004. Mesmo com a recessão econômica, tiveram no ano passado seu recorde de faturamento, chegando a R$ 270 milhões.

Depois de atuarem no varejo anos atrás, voltaram novamente a apostar no varejo físico. Abriram três novas lojas em São Paulo nos últimos 2 anos. A última delas no Shopping Pátio Paulista, um dos principais centros de compras da capital paulista, com foco em suprimentos e material de escritório, informática e papelaria. Com um ambiente moderno, a loja oferece um mix diferenciado de produtos, preparada para atender todas as necessidades dos clientes. Dessa forma, eles consolidam presença no mercado por quatro canais de vendas: loja virtual, loja física, televendas e contratos corporativos.

Como se vê, as duas redes estão em franco crescimento e apostando na diversificação de canais, aliando crescimento com lojas físicas e reforçando ações omnichannel.

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