Por Adriana Lima
Recentemente, desde que começou a pandemia, já nem tão recente assim, tenho pensado muito no Tempo. E como não poderia deixar de ser e já bem explicado pela Programação Neurolinguística (PNL), várias matérias, artigos e até uma série da Netflix, homônima deste texto (não à toa), vieram até mim, e, claro, me instigaram a pensar ainda mais.
Porque o tempo é fracionado em segundo, horas, dias e, depois, acumulado em semanas, meses, anos, décadas, séculos… Isso, a Ciência e os filósofos já explicaram.
Mas por que precisa passar tão rapidamente ou devagar, dependendo da pessoa em questão, do momento de vida, da localização?
Por que escolhemos colocar tanta coisa no mesmo dia, como se realmente fosse o último dia de nossas vidas? Terminarmos o dia cansados, achando que ainda não fizemos tudo o que precisávamos fazer. Mas será que precisava ou simplesmente nos impusemos a fazer?
Como fazemos as escolhas (ou não) do que fazer naquele dia? Até que ponto colocamos os itens que queremos ou precisamos? Mas, afinal, será que precisamos de tudo isso?
Os filósofos sempre tiveram muito tempo livre para observarem o seu entorno, pensar, juntar o “lé com cré” e chegarem a alguma conclusão – muitas que fazem sentido até hoje. Eles, inclusive, ajudaram muitas gerações por séculos e séculos.
No livro “Ócio Criativo”, o filósofo italiano Domenico De Masi nos alerta sobre a importância do tempo livre para que possamos pensar diferente, olhar para o lado e ver o que nunca vimos, mas que está lá há muito tempo.
Com a pandemia, para muitos o tempo realmente acabou – home office, cuidar dos filhos da casa, lives, mercado, entre outras tantas tarefas. Para outros, ele aumentou – as 24h realmente passaram a existir – não, obrigatoriamente, porque se tem menos coisas para fazer, mas, sim, porque optou-se por usar o tempo livre com coisas prazerosas.
E a sensação de prazer nos dá paz, tranquilidade, vontade de fazer mais e mais. Passamos a entender que o bom da vida é sentirmos sempre o gostinho de “quero mais” – mais do mesmo, mais do bom, mais do próximo e, principalmente, que podemos nos dar mais.
E, para isso, precisamos, antes de tudo, entender quanto tempo o nosso tempo tem.
E essa medida é de cada um.
Você já sabe a sua?
Quanto tempo o SEU tempo tem?