Por DCI
A Natura pretende investir em novas marcas nos segmentos de beleza e bem-estar na Europa e Estados Unidos por meio de fundos de venture capital, afirmaram executivos da fabricante brasileira de cosméticos.
“A Dynamo Beauty Ventures é o primeiro instrumento que atende nossos critérios e focos daqui para a frente; e nós antecipamos que haverá mais dessas iniciativas no futuro”, disse o presidente do conselho de administração da Natura, Roberto Marques, em teleconferência com analistas sobre o resultado do primeiro trimestre.
As ações da companhia recuavam 0,9 por cento, a 50 reais, por volta das 11h, depois que a companhia registrou resultados mais fracos do que o esperado em meio a uma recuperação econômica lenta no Brasil.
O lucro líquido da Natura no primeiro trimestre cresceu 72,8 por cento em relação ao ano anterior, para 41,9 milhões de reais, abaixo de uma estimativa consensual de 59,1 milhões de reais compilada pela Refinitiv, já que as despesas mais altas ofuscaram os ganhos de receita.
“Os resultados do primeiro trimestre da Natura mostraram uma reversão da forte tendência de crescimento da marca no Brasil, implicando uma potencial desvantagem em nossas estimativas”, afirmaram analistas do Itaú BBA em relatório.
Apesar das condições desafiadoras nos principais mercados, a empresa ainda está no caminho certo para cumprir metas previamente estabelecidas e continuar desalavancando, segundo o presidente do conselho da Natura.
Ele enfatizou que a empresa espera reduzir sua dívida líquida/Ebitda para 1,4 vez até 2021, em comparação com 2,95 vezes no final de março deste ano.
Os participantes do mercado vêm acompanhando de perto a alavancagem da Natura, já que a empresa vem negociando acordo com a fabricante de cosméticos Avon dois anos depois de adquirir a marca The Body Shop da L’Oreal em uma transação de 1 bilhão de euros.
“Neste momento, não temos novos desdobramentos para relatar sobre nossas negociações com a Avon”, disse Marques.