Por Mauricio Andrade de Paula
Sênior Business Consultant e Industry Advisor da Teradata. Professor nos cursos de pós-graduação/MBA da FIA e da UniUDOP

Sabe aquela história de muita fumaça e pouco fogo? A transformação digital é mais ou menos isso, já que o cenário de negócios do século XXI, com as evolução das tecnologias, dá a impressão de que estamos muito evoluídos e adaptados às novidades, mas a verdade é que ainda engatinhamos nesse processo.

Quando se fala de transformação digital no varejo, tudo ainda é muito incerto, ambíguo e complexo. Isso porque não basta apenas implementar tecnologias nos sistemas e analisar dados; é preciso adotar uma mudança cultural, que afete o coração de processos e modelos de gestão.

Já reparou que, hoje em dia, quase todas as empresas dizem que estão em “processo de transformação digital”?

A verdade é que a maioria delas não está nem perto disso.

O processo de transformação digital demanda processos ágeis. Para tanto, toda a companhia deve alterar modelos de gestão, processos e cultura organizacional. Na prática, no entanto, o que vemos são empresas organizadas em modelo burocráticos, engessados e pouco alinhados ao futuro dos negócios.

Se você diz que adota a Transformação Digital, porém tem processos e gestão burocráticos, de nada adianta investir em IA, Blockchain, Cloud ou tecnologias semelhantes.

Como as empresas podem adotar, de fato, a Transformação Digital?

Primeiramente, é imprescindível que as empresas compreendam o que deseja o consumidor. Suas vontades, preferências e necessidades devem sempre estar em pauta. Sempre. Para tanto, personalizar a jornada do consumidor é algo mandatório nos dias de hoje.

Gigantes do varejo que investiram nisso já colhem frutos positivos. Isso porque eles colocam o cliente no centro. Para tanto, atuam nas seguintes frentes:

  • Informações centralizadas e integradas em uma arquitetura aberta e flexível;
  • Controle e gerenciamento da experiência do cliente (off-line, online, social, etc.);
  • Ouvir mais o que o cliente diz (e não diz), adotando ações práticas;
  • Criação de processos onechannel.

Vivemos uma revolução de dados. Entretanto, isso não significa que os esforços humanos estão em baixa. Muito pelo contrário. O segredo, aqui, é extrair o melhor dos dados produzidos por humanos, máquinas, negócio e interações.

A empresa do futuro – e, por que não, do presente – deve ser um único organismo dirigido por dados (organização senciente). Esse processo envolve 5 etapas: Plataforma de Dados Ágil, Plataforma Colaborativa de Ideação; Plataforma de Dados Comportamentais e Plataforma de Decisão Autônoma.

Sei que, à primeira vista, esses termos e estruturas podem parecer difíceis de aplicar. Mas, acredite: já existem algumas empresas no mundo fazendo bom uso dessas tecnologias e ganhando cada vez mais mercado.

E você? Vai adotar de fato a transformação digital ou continuar soltando fumaça?

Obs.: neste artigo, da Teradata, explicamos melhor o conceito de empresas sencientes. Vale a pena ler!

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