Por revista Exame

As vendas de alimentos pela internet ainda são muito pequenas, mas já há interessados em liderar esse setor. O Carrefour tem investido em logística, marketplace e parcerias para se tornar o líder no e-commerce alimentar.

“O comércio eletrônico de alimentos ainda é muito novo, mas é um mercado que vai se desenvolver. Já somos o líder no varejo alimentar, não podemos ficar fora do e-commerce”, afirmou Sébastien Durchon, diretor financeiro do grupo Carrefour Brasil, em conferência com a imprensa sobre a divulgação de resultados de 2018. A ideia é ultrapassar o concorrente, o Grupo Pão de Açúcar, em dois ou três anos, “mas se for possível ainda esse ano, melhor”, disse o diretor.

O Carrefour reportou 51,3 bilhões de reais em vendas líquidas em 2018, entre as vendas no varejo e no Atacadão. As vendas diretas pela internet, sem incluir o marketplace, representaram 10,4% das vendas do Carrefour Varejo, excluindo gasolina.

Um dos motores para esse crescimento é a parceria com a Rappi, startup colombiana de entregas, firmada em janeiro. 48 unidades do Carrefour já foram cadastradas na plataforma. Assim, quem faz o trabalho pesado de receber os pedidos de compra, selecionar os itens e fazer a entrega é a startup. “Estamos trabalhando a quatro mãos e queremos construir um modelo diferente, mais eficiente”, afirmou Durchon.

Além da Rappi, a empresa está investindo em novos modelos de entrega, focados na integração com as lojas físicas. O Clique e Retire já representa 10% do total de vendas diretas na internet, o que impulsiona inclusive as vendas físicas. Cerca de um terço dos consumidores que vão a uma loja retirar um pedido acabam fazendo uma nova compra. Já o serviço Retire de Carro, focado em alimentos, chegou a 10 lojas.

A corrida pela liderança é grande, mas o mercado ainda é muito pequeno. Alimentos são a principal categoria do varejo brasileiro: representam 35% das vendas totais, ou 325 bilhões de reais, afirma a pesquisa. Mesmo assim, a venda online de alimentos está no extremo oposto. É a segunda menor categoria no comércio eletrônico, com apenas 0,4% de participação nas vendas totais.

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