A Black Friday, sexta-feira de megaliquidações realizada tradicionalmente depois do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos, há anos vem conquistando cada vez mais espaço no varejo brasileiro. Este 2020, no entanto, tem sido marcado por uma revisão dos termos usados para nomear a data comercial, que cai em 27 de novembro.

Há um mês, o presidente do Grupo Boticário, Artur Grynbaum escreveu em seu LinkedIn que a marca deixará de usar a expressão “Black Friday”.

“Há anos conversamos sobre a possível origem do termo ‘Black Friday’, sobre a ausência de dados científicos/históricos que comprovem que esse termo realmente não se relacione à questão da escravidão. Então, respeitando os movimentos que sentem desconforto com o termo, decidimos parar de refletir e começar a agir – não teremos mais o termo Black Friday no Grupo Boticário”, escreveu Grynbaum. A partir deste ano, a tradicional data promocional de novembro será batizada de “Beauty Week”.

Outra marca que modificou o termo foi o grupo Imaginarium. A expressão adotada será “Color Friday”, e a ideia por trás dela é levar cores e otimismo em um ano que o mundo todo teve de ter resiliência.

A CEO da Minds English School, Leiza Oliveira, afirma que também analisa fazer uma mudança, mas só em 2021. “Entendemos a necessidade de abolirmos termos que causam desconforto e trazem à tona um passado tão cruel. Estamos abertos a ouvir o que a comunidade negra no Brasil tem a dizer”, diz.

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