Por Alberto Oyama
Membro-fundador do Portal NDEV Brasil
Especialista em Multifranqueados

Aplicativos revolucionaram o mundo. Hoje em dia, quase tudo pode ser pedido por eles, o que traz uma facilidade enorme às pessoas, mas, por outro lado, preocupa alguns varejistas devido à redução das vendas nas lojas físicas. O que poucas pessoas abordam, no entanto, é que é possível lucrar com eles.

No segmento de Alimentação, por exemplo, os aplicativos de delivery facilitam a vida do consumidor e dos empresários que trabalham nesse mercado. Duvida?

Atualmente, o app líder do segmento no Brasil e na América Latina soma mais de nove milhões de usuários cadastrados. Como, então, não é possível que o empresário se beneficie disso?

Quando passam a integrar um marketplace, esses estabelecimentos cadastrados nos aplicativos têm maior potencial de ganhos. Explico: segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), em 2018, esse mercado de alimentação fora de casa movimentou R$ 11 bilhões.

Parcerias com apps como iFood, Uber Eats, Rappi aumentam o faturamento das redes entre 35 e 40%, em média, por mês.

Isso significa, resumidamente, que a tecnologia pode ser uma grande aliada dos empresários. Qualquer empresa de alimentação que utilize essas plataformas observa um crescimento grande em seu faturamento.

Mesmo que as principais empresas de delivery cobrem uma mensalidade fixa para o uso do serviço e uma taxa pela entrega, ainda assim vale a pena para o empreendedor do ramo de Alimentação.

Como as franqueadoras podem se beneficiar dessa realidade?

Marcas que não trabalham com alimentação podem não sentir, de imediato, as vantagens dos aplicativos. Moda, beleza, tecnologia, ensino e tantos outros segmentos ainda estão em processo de análise de um novo modelo de negócio, mas já vemos alguns movimentos interessantes.

Hoje em dia, algumas franqueadoras estão utilizando a rede de franqueados como um mini Centro de Distribuição. Isso significa que o cliente pode, por exemplo, comprar um produto pela internet e recebê-lo em uma hora, desde que esteja em uma região próxima a alguma franquia da marca.

Vejo como o maior desafio do varejo atual a gestão de estoques de terceiros. Isso porque, diferentemente da alimentação, que trabalha com matéria-prima específica e faz o cardápio, em outros mercados, se o franqueado não tiver estoque, não faz a entrega.

No franchising esse mudança caminha lentamente. Marcas como Arezzo e Chili Beans já estão pilotando esses novos modelos de omnichannel, em que o cliente possa comprar ou receber o produto onde quiser.

A principal questão, para franqueados, é como será dividido o bolo. O volume de vendas não deve cair, mas como será a participação do canal e dos franqueados nisso tudo?

Com um crescimento de todos, colaboração de todos os canais e vantagens para todas as partes envolvidas, a marca se fortalece.

E isso vale para lojas físicas, e-commerce, franquias, revendedores e todos os outros canais de vendas.

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